Na tarde de ontem, 20 de novembro, como já é de praxe tanto em escolas públicas quanto privadas do país, alunos do Centro de Excelência “Prof. João Costa” trouxeram para o espaço da escola, por ocasião do “Dia Nacional da Consciência Negra”, questões recorrentes e pontuais sobre o racismo no país. Como parte da programação, entre tantas outras manifestações artístico-culturais de afirmação e reflexão acerca das conquistas e dos desafios que ainda hoje se deparam o negro brasileiro, poesias, danças de capoeira e de afro-reggae foram declamadas e encenadas no pátio do “Costão”.
A abertura da festividade se deu quando o professor Rogério Luiz, gestor escolar, encerrou o seu pronunciamento destacando a importância do Dia não somente para a comunidade negra, mas para toda a sociedade brasileira.
“Somos todos humanos, independentemente da cor, da opção sexual, da religião.... Precisamos de respeito. O dia de hoje é de declaração do respeito ao próximo, à opinião do outro, ao negro que fundou o nosso país”, destacou ele.
A data - primeiramente criada como efeméride em 2003 e incluída em calendários escolares - somente passou a ser oficialmente instituída em âmbito nacional como dia de mobilização e conscientização sobre o racismo em 10 de novembro de 2011, por meio da lei n.º 12.519. Por meio de decretos estaduais, é feriado em cerca de mil cidades em todo o país e nos estados de Alagoas, Amazonas, Amapá, Mato Grosso e Rio de Janeiro. Em estados que não aderiram à lei, a responsabilidade é de o poder municipal legislativo decretá-lo localmente.
Ela faz menção ao dia da morte de Zumbi (1695) dos Palmares, líder do Quilombo de Palmares, que lutou pela libertação de seu povo das amarras do sistema escravista. Nessa ocasião, o Brasil é conclamado a, mediante a ação de seus ativistas, refletir sobre o racismo, que ainda teima em correr pelas artérias do país e que resulta, sobretudo, em discriminação social, um mal que afeta toda a sociedade. O momento é também de celebração pelas conquistas e profícuas contribuições dos negros à formação do patrimônio econômico, sociocultural e artístico do Brasil.
Abaixo, o registro de alguns momentos do evento no Costão.
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